11 de janeiro de 2011

Salão Internacional do Automóvel não vê futuro sem automóveis elétricos



Os prognósticos estão feitos, e todos os "gurus" que foram a Detroit para o Salão Internacional do Automóvel da América do Norte (Naias) concordam que o ano de 2011 será bom nos Estados Unidos e que nenhum fabricante mundial de automóveis pode dar as costas aos veículos elétricos.

Hoje, na última jornada para a imprensa do salão do automóvel de Detroit, a principal novidade apareceu das mãos do fabricante sueco Volvo (agora sob controle chinês depois que a Ford a vendeu em 2010 ao grupo Geely), que mostrou o modelo C30 elétrico e os testes impactos que realizou com o veículo.

A empresa sueca disse que as características dos veículos elétricos representam algumas necessidades específicas em matéria de segurança e que tem a intenção de seguir sendo o líder nesse aspecto na nova categoria de automóveis.

Também nesta terça o fornecedor alemão ZF confirmou no salão de Detroit sua estratégia de expansão na América do Norte, onde já conta com 22 centros de produção e onde investiu US$ 1 bilhão apenas nos Estados Unidos nos últimos meses.

A ideia predominante entre os fabricantes é que neste momento de desenvolvimento dos sistemas elétricos as empresas que conseguirão se colocar em vantagem às concorrentes serão as que mais se beneficiarem do esperado crescimento do mercado de veículos híbridos e elétricos.

Por isso, o executivo-chefe da Ford, Alan Mulally, reconheceu que a companhia dirigida por ele "está proporcionando o plano de produtos mais agressivo de sua história".

A Ford anunciou em Detroit planos para produzir de forma imediata veículos híbridos, híbridos recarregáveis e elétricos, além de reforçar sua linha de veículos convencionais com motores de alto rendimento e reduzido consumo da família EcoBoost.

Os demais estão no mesmo barco: General Motors, Toyota, Honda, Nissan, Hyundai, Volkswagen, todos têm previstos produtos híbridos e elétricos para os próximos anos.

EXPECTATIVAS

Em 2011, espera-se que no mercado americano sejam vendidos 13,3 milhões de veículos novos, quase 3 milhões a mais que em 2009.

Em nível mundial, as vendas do setor se situarão este ano em números recordes de entre 75 milhões e 85 milhões de veículos, acima dos 72 milhões vendidos em 2010.

Mas a estratégia elétrica dos fabricantes também tem seus pontos fracos. Um estudo publicado nesta terça pelo gigante da informática IBM revelou que, embora muitos executivos achem que as vendas de automóveis convencionais alcançarão seu ponto intenso em 2020 e que os automóveis elétricos são o próximo "grande sucesso de vendas" do setor, os consumidores pensam diferente.

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