A face mais famosa do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, falou ao jornal Russian Today sobre as possíveis ligações do Facebook com o serviço secreto dos EUA. Segundo Assagne, o Facebook é em particular a máquina de espionagem mais apavorante já inventada, que proporciona o maior banco de dados sobre pessoas, seus relacionamentos, seus endereços e seus parentes – tudo isso a serviço da inteligência dos EUA.O Google e o Yahoo também seriam organizações americanas que podem ter interfaces integradas para os serviços de informação. Muito além de responder a mandados judiciais, eles teriam desenvolvido uma interface para auxiliar o serviço de informação dos norte-americanos. "Simplesmente os serviços de informação conseguem aplicar pressão legal e política sobre as redes sociais. E não tem custos gerir os dados um a um, por isso automatizaram o processo", afirma Assagne.Para o australiano, quando você adiciona um amigo no Facebook, está trabalhando de graça para as agências de informação dos EUA, ajudando a construir uma base de dados para eles.Em março, o jornal britânico 'The Guardian' revelou o desenvolvimento de um software pelas Forças Armadas americanas para monitoras redes sociais por meio de perfis falsos. Esse programa poderia auxiliar na supervisão das operações armadas no Oriente Médio e na Ásia Central.Assista ao vídeo em que Julian Assange fala sobre suas teorias em relação o Facebook O homem do ano
Julian Paul Assange é um jornalista e ciberativista australiano de 36 anos. Ele faz parte do conselho consultivo do WikiLeaks, um site de denúncias e vazamento de informações, sendo seu principal porta-voz.Em 2010, documentos sobre possíveis crimes de guerra cometidos na Guerra do Afeganistão e na Guerra do Iraque pelo Exército dos Estados Unidos foram divulgados e ele ficou conhecido mundialmente. Atualmente, Assange luta para não ser extraditado a Suécia, onde foi acusado de estupro e abuso sexual.Por seu trabalho no WikiLeaks, foi eleito o 'homem do ano' pelo jornal francês 'Le Monde' em 2010 e incluído na lista da revista 'Time' como um dos 100 mais influentes do planeta.
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