10 de abril de 2011
Autor do massacre no Rio disse em bilhete que sofria assédio escolar
Rio de Janeiro, 10 abr (EFE).- O autor do assassinato de 12 crianças em uma escola municipal no Rio de Janeiro na quinta-feira passada, que se suicidou depois do crime, se justificou em uma nota dizendo que sofreu assédio escolar, informou neste domingo vários órgãos de imprensa nacionais.
Wellington Menezes de Oliveira assegurou que sofreu assédio escolar e responsabilizou "todos os que cometem abusos" dos crimes que pretendia cometer, segundo parágrafos da nota encontrada pela Polícia em sua casa, divulgada pela TV Globo.
A Globo falou com ex-colegas de colégio de Wellington que confirmaram que ele era vítima de assédio por parte de outros alunos.
Entre outras humilhações às quais era submetido, sua cabeça foi colocada em um vaso sanitário e o jogaram dentro de uma lata de lixo, segundo um de seus ex-colegas.
Também descreveram o autor do massacre como um jovem tímido, que não falava com ninguém e que vivia recluso em seu "mundo interior".
Na carta deixada pela Polícia, Wellington elogiou a resposta violenta do menino australiano Casey Heynes ao assédio ao qual era submetido por outros estudantes, em um vídeo amplamente divulgado pela internet nas últimas semanas.
Também chamou de "irmão" o estudante sul-coreano Cho Seung-hui, que matou 32 estudantes e professores na Universidade Politécnica da Virgínia (EUA) em 2007.
Wellington, de 23 anos, entrou na quinta-feira passada na Escola Municipal Tasso da Silveira, da qual tinha sido aluno, armado com dois revólveres com os quais disparou contra as crianças que assistiam à aula.
Matou 12 crianças de entre 12 e 14 anos e feriu outras 12, duas das quais continuam internadas em estado grave, segundo o último boletim médico.
O assassino se suicidou com um tiro na cabeça quando alguns policiais entraram na escola e o feriram em um tiroteio.
O massacre comoveu o Brasil, por isso que a presidente Dilma Rousseff decretou três dias de luto oficial logo após saber da tragédia.
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